A procura por microapartamentos, com até 35m², tem sido predominantemente associada a jovens, mas um estudo recente revela uma tendência crescente entre a faixa etária acima de 50 anos em São Paulo. A pesquisa do QuintoAndar indica que 8% dos moradores de microapartamentos têm mais de 50 anos, um número consideravelmente menor comparado aos 74,9% de jovens entre 21 e 39 anos. No entanto, três idosos entrevistados demonstram que, para eles, os microapartamentos oferecem conveniência, baixo custo de manutenção e proximidade com a família, fatores essenciais para a nova fase de suas vidas.
A mudança para espaços menores foi motivada por diferentes razões pessoais. Iraí Sanches, de 61 anos, por exemplo, optou por um studio após seu divórcio, valorizando a praticidade e a infraestrutura de seu novo apartamento, enquanto Valdezina Miranda, de 74 anos, escolheu um imóvel menor para estar mais próxima de seus filhos. Já Marlene da Silva Chibani, de 64 anos, desejava apenas um local mais compacto, sem necessidade de muito espaço, o que, para ela, trouxe maior comodidade. Os três relatos revelam que a adaptação ao novo ambiente foi positiva, com destaque para a satisfação com a localização e as comodidades dos imóveis.
Apesar da diferença geracional, o convívio com vizinhos mais jovens não tem sido um problema para esses moradores. Eles ressaltam que, independentemente da idade, a convivência harmoniosa depende de respeito e compreensão mútua. O estudo também revela que, enquanto a maioria dos idosos ainda mora em casas grandes, outros têm se aventurado em microapartamentos como uma alternativa que atende às suas necessidades atuais, seja por praticidade, proximidade familiar ou menor demanda por manutenção.