O México rejeitou um pedido do governo dos Estados Unidos para permitir o pouso de uma aeronave militar que transportava imigrantes deportados. A aeronave havia realizado dois voos similares para a Guatemala, transportando cerca de 80 migrantes em cada um, mas o governo mexicano não autorizou o plano de enviar mais deportados para o país. A recusa aconteceu após tensões nas relações entre os dois países, que se intensificaram com as recentes ações do presidente dos EUA, incluindo o envio de tropas adicionais à fronteira e declarações sobre organizações terroristas e tarifas sobre mercadorias mexicanas.
As autoridades americanas tinham planejado usar aeronaves militares para transportar mais de 5.000 imigrantes detidos nas cidades de El Paso e San Diego, como parte de uma resposta à emergência nacional declarada pelo presidente dos EUA. Esta prática de utilizar aviões militares para deportações não era comum, sendo a primeira vez que isso ocorria para a deportação de migrantes, após o uso em outras operações, como na retirada do Afeganistão.
Enquanto isso, o governo mexicano, embora tenha buscado evitar um aumento das tensões com os EUA, se opôs a deportações em massa, destacando a importância dos migrantes mexicanos para a economia americana. A presidente Claudia Sheinbaum se mostrou aberta a acolher cidadãos mexicanos retornados, mas reafirmou a posição contra as políticas de deportação em larga escala adotadas pela administração Trump.