O governo mexicano iniciou a construção de nove centros de acolhimento ao longo da fronteira com os Estados Unidos, com o objetivo de oferecer assistência a mexicanos deportados. A presidente Claudia Sheinbaum afirmou que as instalações, com mais de mil funcionários, estarão prontas até o final de semana. Os centros, distribuídos por estados como Baixa Califórnia, Sonora, Chihuahua e Tamaulipas, irão prover serviços como moradia temporária, alimentação e apoio para documentos de identidade. A medida visa atender tanto deportados quanto aqueles que optarem por retornar ao México voluntariamente.
A criação desses centros é uma resposta ao aumento das deportações promovidas pela administração do presidente dos EUA, Donald Trump, que recentemente declarou uma emergência nacional na fronteira. Além dos centros, o México também está organizando uma frota de ônibus para transportar deportados às suas cidades de origem. Em cidades como Ciudad Juarez, na fronteira, os abrigos estão sendo rapidamente preparados para lidar com um possível aumento no número de migrantes deportados. Autoridades locais informaram que os abrigos terão capacidade para acolher milhares de pessoas.
Enquanto isso, na fronteira, migrantes que aguardavam agendamentos de entrevistas para asilo nos EUA enfrentaram frustração quando o aplicativo do governo americano, CBP One, foi desativado e seus agendamentos foram cancelados. Muitos imigrantes, que tinham esperança de serem ouvidos, demonstraram desespero ao ver suas chances de solicitar asilo legalmente desaparecerem, representando uma das primeiras mudanças significativas implementadas pela administração Trump.