A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou que o país recebeu deportados não-mexicanos dos Estados Unidos na semana passada, uma mudança em relação à postura anterior de não aceitar imigrantes de outras nações. Durante sua coletiva de imprensa, Sheinbaum também sugeriu que países da América Central poderiam estabelecer acordos com os EUA para receber deportados de outras partes do mundo, destacando a importância da soberania nacional em tais negociações.
Apesar de a administração mexicana ter rejeitado a ideia de um retorno ao programa “Fique no México” do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, Sheinbaum afirmou que o México tem mantido negociações constantes com os EUA sobre imigração. A presidente também mencionou que o país aceitou mais de 4 mil deportados, a maioria deles mexicanos, e que esses deportados chegaram em voos civis, com exceção de um voo operado pelas forças armadas dos EUA que foi recusado pelo México.
Em relação à crise de imigração, Sheinbaum afirmou que o governo mexicano estava colaborando com os EUA e com outras nações, como a Colômbia e o Brasil, para resolver as tensões sobre os voos de deportação. Após protestos de alguns países, incluindo a Colômbia, que inicialmente recusou aceitar voos militares de deportação, houve um acordo para permitir esses voos. Sheinbaum também lembrou que, no passado, o governo de seu antecessor havia aceitado o programa “Fique no México”, abrindo precedentes para ações semelhantes no presente.