A Meta, controladora de plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, respondeu aos questionamentos da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre alterações em suas políticas de moderação de conteúdo, incluindo o fim do programa de checagem de fatos. Em uma nota oficial, a AGU informou que convocou uma reunião técnica para o dia 14 de janeiro para discutir as ações a serem tomadas em relação às mudanças implementadas pela gigante tecnológica.
A mudança nas políticas de moderação, anunciada pela Meta na semana passada, inclui o fim da checagem de fatos realizada por jornalistas em mais de 100 países e a substituição deste programa pela política de notas da comunidade. Especialistas apontam que a alteração pode favorecer a disseminação de desinformação e discursos de ódio nas plataformas. Além disso, a mudança alinha a política da Meta com a agenda do governo dos Estados Unidos, que defende a desregulamentação digital.
A AGU, em conjunto com outros órgãos do governo brasileiro, analisará os impactos dessa decisão sobre a segurança digital e a proteção de consumidores no Brasil. O ministro da AGU, Jorge Messias, destacou que o governo deve garantir que a legislação brasileira seja cumprida, já que a circulação de notícias falsas pode afetar a soberania nacional, além de prejudicar a confiança pública e a economia do país.