A Meta, dona das plataformas Facebook, Instagram e WhatsApp, enviou uma resposta à Advocacia-Geral da União (AGU) após a notificação recebida na segunda-feira, 13. A AGU havia solicitado explicações sobre o fim do sistema de checagem de fatos e também exigido esclarecimentos sobre as ações da empresa para combater crimes como violência de gênero, racismo e homofobia nas redes sociais no Brasil. A resposta foi recebida e, segundo a AGU, uma reunião técnica foi convocada para analisar a manifestação da Meta.
A notificação da AGU foi enviada à Meta após um encontro entre o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no qual se discutiu a nova postura da empresa em relação à moderação de conteúdos. A Meta anunciou que a moderação de conteúdo passaria a ocorrer apenas quando indicada por usuários e que haveria um aumento na exibição de conteúdos políticos. A medida gerou reações no Brasil, sendo vista como uma possível acomodação com posturas de líderes políticos internacionais.
O governo brasileiro, por meio da AGU, questionou a criação de um canal específico para denúncias de violações de direitos fundamentais e a possibilidade de divulgação de relatórios sobre a checagem de fatos realizada pelos próprios usuários. Além disso, o governo enfatizou a importância de garantir a proteção de grupos vulneráveis nas plataformas. A resposta oficial da AGU sobre os próximos passos será dada após a análise da manifestação da Meta, em reunião com outros órgãos governamentais.