A Meta respondeu na noite de segunda-feira (13) ao pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre os impactos no Brasil do encerramento do programa de checagem de fatos da empresa nas redes sociais nos Estados Unidos. Embora a resposta tenha sido enviada, a AGU não divulgou o conteúdo do esclarecimento, e agora as informações serão analisadas pela Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD).
A medida segue uma determinação da AGU, que havia solicitado que a Meta se manifestasse em até 72 horas sobre o impacto da decisão. O órgão alertou que a mudança nas políticas de moderação da Meta poderia trazer consequências negativas, sugerindo que as grandes empresas de tecnologia assumam sua responsabilidade em manter um ambiente informativo saudável e adotem ações para mitigar potenciais danos aos usuários. A AGU planeja discutir o conteúdo da resposta em uma reunião técnica que ocorrerá na terça-feira (14), com a participação de representantes de diferentes órgãos governamentais.
A Meta, por sua vez, anunciou recentemente a alteração de suas diretrizes para promover maior liberdade de expressão nas redes sociais. Entre as mudanças, destaca-se a redução na moderação de conteúdo e o fim do programa de checagem de fatos, que visava combater a desinformação. A empresa também demonstrou apoio a posições contra medidas de censura em outros países, com uma proposta de colaboração com o governo dos Estados Unidos em questões envolvendo a atuação das grandes empresas de tecnologia.