A Meta respondeu aos questionamentos da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre a decisão de encerrar o programa de checagem de fatos em suas plataformas nos Estados Unidos. A AGU informou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizará uma reunião nesta terça-feira para discutir as implicações dessa mudança, com a participação de diversos ministérios e órgãos do governo, como o Ministério da Justiça, o Ministério dos Direitos Humanos e a Secretaria de Comunicação Social.
Na semana passada, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou a descontinuação da checagem de fatos nas redes sociais da empresa nos Estados Unidos, incluindo Facebook, Instagram e Threads. Em seu lugar, a companhia adotará um novo sistema denominado “notas da comunidade”, que lembra a abordagem já adotada pela plataforma X, de Elon Musk. A Meta, que também controla o WhatsApp, afirmou que essa mudança faz parte de uma reformulação na política de moderação de conteúdo, especialmente após a eleição de Donald Trump.
A AGU, no entanto, exigiu que a Meta esclarecesse as medidas adotadas para enfrentar questões importantes como violência de gênero, proteção de crianças e adolescentes, combate ao racismo e homofobia, prevenção ao suicídio e discurso de ódio. O órgão também solicitou informações sobre a transparência das ações de checagem de desinformação realizadas por meio do novo sistema de “notas da comunidade”. A reunião agendada para hoje deverá tratar dessas questões e a postura da empresa em relação aos direitos fundamentais.