A Meta, dona de plataformas como Facebook, WhatsApp e Instagram, apresentou uma representação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a Apple, alegando práticas discriminatórias em sua política de rastreamento de dados. A medida se refere ao App Tracking Transparency (ATT), que obriga os usuários a autorizarem explicitamente o rastreamento por aplicativos da App Store. A Meta afirma que a Apple aplica regras mais rígidas para apps de terceiros, enquanto seus próprios aplicativos possuem um sistema de consentimento mais favorável, dificultando a recusa por parte dos usuários.
Além disso, a Meta argumenta que a política da Apple prejudica o desempenho de campanhas de anúncios direcionados, fundamentais para o seu modelo de negócios. Sem o rastreamento de dados, as empresas de publicidade enfrentam dificuldades para medir a eficácia das campanhas, o que impacta diretamente seus resultados financeiros. A Meta também critica a Apple por não garantir condições de concorrência igualitárias para todos os desenvolvedores na App Store, uma vez que a presença de grandes aplicativos na plataforma é crucial para o sucesso do iOS.
A ação da Meta no Brasil segue um movimento global, já que em outros países, como França e Alemanha, associações de empresas de tecnologia também questionam a política da Apple perante autoridades antitruste. Nos Estados Unidos, o Departamento de Justiça investiga a medida, mas até o momento, nenhum dos casos foi concluído. A Meta busca uma revisão das regras aplicadas pela Apple, exigindo a paridade nas políticas de rastreamento tanto para seus próprios aplicativos quanto para os de terceiros.