A Meta protocolou uma representação contra a Apple no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) devido à falta de transparência no rastreamento de dados dos usuários. A empresa de Mark Zuckerberg contesta a Política de Transparência de Rastreamento de Apps (ATT), implementada pela Apple, que exige que os usuários permitam que aplicativos de terceiros rastreiem suas atividades. A Meta argumenta que a Apple aplica essa política de forma seletiva, isentando seus próprios aplicativos dessa obrigatoriedade, o que consideram discriminatório.
A Meta também destacou que, em 2022, a medida de privacidade da Apple teria gerado uma perda de cerca de US$ 10 bilhões em receita publicitária para a empresa. Em resposta, a Apple afirmou que não comentaria sobre o caso no momento, e o Cade, por sua vez, está analisando se há elementos suficientes para dar início a uma investigação antitruste contra a gigante da tecnologia. Este caso se soma a outras questões legais envolvendo a Apple, incluindo um processo instaurado pelo Cade em novembro do ano anterior, que apurava possíveis abusos de posição dominante relacionados à App Store.
A representação da Meta visa garantir que a Apple seja sujeita às mesmas políticas que impõe aos desenvolvedores de aplicativos de terceiros, buscando uma maior transparência e igualdade no tratamento. Este movimento da Meta se insere em um contexto mais amplo de investigações sobre práticas comerciais da Apple, que têm gerado discussões sobre o controle da empresa sobre sua plataforma e o impacto em concorrentes.