A Meta enfrenta um processo judicial por utilizar material protegido por direitos autorais para treinar seu modelo de inteligência artificial, Llama. A acusação aponta que a empresa usou conteúdo disponível na LibGen, uma plataforma que compartilha links para downloads de materiais sem a devida autorização dos detentores dos direitos autorais. Entre os conteúdos utilizados, estão obras de editoras como Cengage Learning, Macmillan Learning, McGraw Hill e Pearson Education. A defesa da Meta alega que a utilização desses materiais se enquadra na doutrina do uso justo, que permite o uso de obras protegidas para a criação de algo novo, como o treinamento de modelos de IA.
De acordo com documentos apresentados ao tribunal, a Meta teria sido informada de que a LibGen oferece materiais piratas, mas mesmo assim, o CEO da empresa teria autorizado o uso do conteúdo. Além disso, a Meta teria utilizado o protocolo Torrent para acessar a biblioteca digital, o que configura outra violação de direitos autorais. A empresa também é acusada de tentar ocultar a origem do material ao remover referências à LibGen, em uma tentativa de encobrir a infração.
Esse caso é parte de uma série de processos envolvendo o uso não autorizado de obras protegidas para o treinamento de modelos de IA. Empresas como OpenAI e Microsoft já enfrentaram ações semelhantes, com acusadores buscando compensação financeira pelo uso de seus conteúdos. O processo da Meta, que se tornou público após a rejeição de um pedido de sigilo, levanta questões sobre as práticas de treinamento de IA e os limites do uso de material protegido, em um contexto jurídico ainda em desenvolvimento.