A Meta anunciou que continuará a utilizar checadores de fatos fora dos Estados Unidos, apesar de decidir descontinuar a prática dentro do país. A decisão foi comunicada por Nicola Mendelsohn, chefe de negócios globais da empresa, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos. A Meta substituirá os checadores de fatos terceirizados nos EUA por um sistema de “notas da comunidade”, uma medida que ainda será acompanhada ao longo do ano para avaliar sua eficácia antes de decidir sobre a expansão do modelo para outras regiões.
A mudança nos Estados Unidos vem após críticas de que os sistemas de checagem de fatos da Meta estavam cometendo erros frequentes e censurando injustamente usuários. Mark Zuckerberg, CEO da empresa, afirmou que a medida foi adotada para evitar que os mecanismos de moderação de conteúdo se tornassem excessivamente complexos e prejudicassem a experiência dos usuários. No entanto, a situação é mais complicada fora dos EUA, especialmente na União Europeia, onde as regulamentações exigem que as plataformas digitais combatam ativamente a desinformação, sob pena de pesadas multas.
A Meta também precisará lidar com os desafios legais e políticos de outros países, onde as leis sobre desinformação são rigorosas. A empresa continuará a trabalhar com checadores de fatos em diversas regiões enquanto avalia o impacto das mudanças no mercado global. No entanto, a transição para um novo modelo nos EUA deve ser acompanhada de perto para verificar se o novo sistema trará resultados satisfatórios sem comprometer o combate à desinformação.