A Meta anunciou que o encerramento de seu programa de checagem de fatos nas redes sociais ocorrerá inicialmente apenas nos Estados Unidos, com o objetivo de testar e aprimorar a iniciativa antes de expandi-la para outros países. A empresa explicou que, no momento, a descontinuação se restringe ao país norte-americano, e que a medida visa melhorar a aplicação de suas políticas de moderação. A Meta também destacou que está comprometida com a defesa de princípios como liberdade de expressão, segurança e dignidade, e que busca um equilíbrio entre esses valores nas suas plataformas.
A empresa ainda explicou que o uso de sistemas automatizados para detectar violação das políticas será reduzido, agora se concentrando apenas em casos graves, como terrorismo e exploração infantil. A Meta também afirmou que a nova abordagem pretende reduzir excessos na moderação, que em alguns casos teriam restringido discussões políticas legítimas e a livre expressão. Em vez de aplicar checagens de fatos diretamente, a empresa passará a confiar mais no empoderamento dos próprios usuários, permitindo que eles decidam quando um conteúdo necessita de mais contexto ou esclarecimento.
A decisão de interromper o programa de verificação de fatos foi respondida pela Meta em atendimento à solicitação da Advocacia-Geral da União (AGU), que pediu explicações sobre a medida. A AGU expressou preocupações sobre o impacto dessa mudança no ambiente informacional e pediu maior responsabilidade das plataformas digitais. A Meta, por sua vez, afirmou que a ação se alinha com suas novas diretrizes de garantir maior liberdade de expressão nas suas redes, como parte de uma revisão mais ampla das suas políticas de moderação de conteúdo.