A Meta anunciou mudanças significativas em sua política de moderação de conteúdo, com a flexibilização de restrições em plataformas como Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads. A nova abordagem permite, entre outras coisas, a associação de homossexuais e transgêneros a termos pejorativos, como “esquisito”, desde que em tom satírico. Além disso, a defesa de superioridade de gênero ou religião e alegações de doenças mentais com base no gênero passaram a ser permitidas, enquanto normas que limitavam ataques a grupos com base em imigração, homossexualidade e religião foram removidas.
Com a alteração, a Meta também anunciou o fim da checagem de informações falsas, política que estava em vigor há oito anos. Agora, a responsabilidade de corrigir conteúdos imprecisos recai sobre os próprios usuários. A decisão foi defendida por Mark Zuckerberg, que afirmou ser um movimento em favor da liberdade de expressão. O novo presidente de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, também respaldou as mudanças, que visam eliminar regras que consideram excessivamente restritivas, especialmente em tópicos politicamente debatidos.
A medida gerou críticas em diversos setores, especialmente no Brasil. Políticos, instituições e especialistas questionaram a decisão, com destaque para a manifestação do Ministério Público Federal e da Advocacia-Geral da União. Em resposta, a deputada Erika Hilton solicitou à ONU uma investigação sobre a mudança. O impacto das novas regras reflete um movimento mais amplo da Meta em se aproximar de figuras conservadoras e republicanas, com a empresa buscando reatar laços com esse grupo político, especialmente após a eleição de Donald Trump.