O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou que a meta de resultado primário do governo federal para 2024 tem grandes chances de ser cumprida, levando em consideração o limite inferior estabelecido. No entanto, ele alertou que o quadro fiscal ainda exige monitoramento cuidadoso. Durante sua apresentação em um evento promovido pelo Bradesco Asset, Guillen mencionou que a percepção do mercado, obtida por meio de um questionário antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), piorou em relação à situação fiscal do país.
Guillen destacou que há incertezas sobre o cumprimento das metas fiscais nos próximos anos. Ele também chamou a atenção para as projeções dos analistas, que indicam uma trajetória crescente para a dívida pública, o que poderia gerar desafios para o cenário fiscal no futuro. A meta fiscal para 2024 é de déficit zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, podendo variar para mais ou para menos.
Embora a meta de 2024 seja considerada alcançável, o cenário fiscal continua exigindo vigilância. O aumento da dívida e a pressão sobre as metas fiscais geram incertezas quanto à sustentabilidade do quadro fiscal a longo prazo, o que é um ponto de preocupação para os analistas e autoridades econômicas do país.