O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) divulgou uma nota em que manifesta repúdio às recentes mudanças nas políticas de moderação de conteúdo do Facebook e Instagram, plataformas controladas pela Meta. A principal alteração é o fim do programa de checagem de fatos, uma iniciativa que visa identificar e corrigir informações falsas compartilhadas pelos usuários. Segundo a FNDC, essas mudanças podem ampliar a desinformação e fortalecer discursos de ódio, ameaçando os direitos individuais e coletivos no ambiente digital, além de prejudicar a democracia.
Mark Zuckerberg, presidente da Meta, justificou a decisão com a defesa de uma maior liberdade de expressão, alegando que o modelo de checagem de fatos seria uma forma de censura. Além disso, a Meta planeja adotar um novo sistema de verificação de informações, onde os próprios usuários poderão avaliar a veracidade do conteúdo. No entanto, a FNDC e várias autoridades criticaram a postura da empresa, apontando que ela enfraquece a regulação de conteúdos sensíveis, como os relacionados a imigração e gênero, e favorece a disseminação de fake news.
A decisão também gerou reações em vários países, incluindo o Brasil, onde a regulação das big techs já é debatida no Congresso. O Ministério Público Federal (MPF) solicitou explicações à Meta sobre as mudanças, que podem impactar os direitos dos usuários brasileiros. Preocupações semelhantes foram expressadas por líderes europeus e pela ONU, que defendem a regulação de conteúdo digital como uma ferramenta para proteger as democracias e os direitos humanos, sem que isso configure censura.