A Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e Threads, anunciou o fim do sistema de checagem de fatos nos Estados Unidos. Mark Zuckerberg afirmou que a decisão busca restaurar a liberdade de expressão nas plataformas, transferindo para os usuários a responsabilidade de verificar a veracidade do conteúdo. Essa mudança elimina equipes internas e observadores externos que identificavam desinformação, sob a alegação de que tais esforços eram tendenciosos. O modelo agora adotado segue uma abordagem semelhante à implementada por outras empresas de tecnologia, como a antiga ferramenta “notas da comunidade” no X.
Entre as alterações, estão a redução das restrições ao tipo de conteúdo permitido e a diminuição da intensidade dos filtros automáticos, que agora focarão apenas em remover material ilegal, como tráfico de drogas e abuso sexual. A Meta também planeja reintroduzir mais publicações de cunho político, em resposta a uma suposta demanda popular. No entanto, especialistas expressaram preocupação com o impacto potencial desse modelo, argumentando que ele pode levar ao aumento da desinformação e à dificuldade de mitigar conteúdos problemáticos.
As mudanças colocam a Meta em alinhamento com iniciativas de outras grandes corporações digitais que desafiam regulações de governos sobre moderação de conteúdo. A empresa critica políticas restritivas em regiões como Europa e América Latina, classificando-as como censura. Analistas alertam que a transferência da responsabilidade de checagem para os usuários pode gerar maior propagação de informações falsas, ao passo que o modelo depende fortemente do engajamento ativo do público para funcionar de maneira eficaz.