A Meta, empresa controladora do Facebook e do Instagram, anunciou mudanças significativas em suas políticas de moderação e checagem de conteúdo. A companhia decidiu substituir os jornalistas que atuavam como checadores de fatos por um sistema em que os próprios usuários avaliam a veracidade do conteúdo, semelhante ao modelo de Notas da Comunidade usado pela plataforma de Elon Musk. Além disso, a empresa planeja afrouxar os critérios de moderação, permitindo maior liberdade na publicação de temas sensíveis e priorizando apenas violações graves. Outra medida anunciada é o aumento na recomendação de conteúdos políticos para os usuários, revertendo uma estratégia anterior de redução.
As mudanças vêm acompanhadas de uma reorganização interna, como a transferência da equipe de moderação da Califórnia para o Texas, e têm gerado debates sobre suas implicações. Enquanto a empresa argumenta que a decisão reforça os valores de liberdade de expressão, críticos alertam para os riscos de disseminação de desinformação e discurso de ódio. A Meta também reforçou sua disposição de colaborar com o governo dos Estados Unidos para combater censuras impostas por outros países, consolidando uma postura de alinhamento com políticas nacionais.
Esse anúncio ocorre em um contexto de reaproximação entre a Meta e figuras influentes do governo, especialmente após críticas e tensões nos últimos anos. Apesar de episódios de atrito, a empresa busca fortalecer seu posicionamento com medidas estratégicas, incluindo doações e mudanças em sua estrutura administrativa. As decisões da Meta sinalizam uma nova fase em suas operações, trazendo impactos para o ecossistema digital e para o debate público global.