A Meta, empresa liderada por Mark Zuckerberg, anunciou a descontinuação do sistema tradicional de checagem de fatos em suas plataformas, como Facebook e Instagram, adotando um modelo semelhante ao utilizado pelo X, rede social de Elon Musk. Nesse novo formato, os próprios usuários poderão adicionar correções e notas aos conteúdos postados, promovendo um processo mais colaborativo e descentralizado. Essa mudança foi bem recebida por Musk, que elogiou a iniciativa, e pela CEO do X, Linda Yaccarino, que destacou o caráter democrático da medida.
Durante o anúncio, Zuckerberg defendeu a decisão citando a necessidade de proteger a liberdade de expressão, criticando o que chamou de censura em alguns países europeus e latino-americanos. Ele também mencionou um alinhamento com o futuro governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, no combate a regulações governamentais que afetam empresas de tecnologia americanas. Essa posição, segundo ele, busca assegurar um ambiente mais favorável à inovação e menos sujeito a interferências externas.
No Brasil, a decisão gerou debates, especialmente por críticas de Zuckerberg a sistemas judiciais que ele qualificou como “secretos”. A declaração foi interpretada como uma referência ao Supremo Tribunal Federal, segundo o secretário de Políticas Digitais, João Brant. Esse contexto remete a episódios passados envolvendo o X e a Justiça brasileira, em que a rede social foi temporariamente suspensa por descumprir ordens judiciais, mas posteriormente regularizou sua situação no país. A medida da Meta reforça discussões sobre os limites entre moderação de conteúdos e liberdade de expressão nas redes sociais.