Após os primeiros decretos do presidente Donald Trump, os mercados financeiros reagiram com avanços em Nova York e recuos nos rendimentos dos Treasuries. No Brasil, o Ibovespa teve uma sessão positiva, subindo 0,39%, fechando em 123.338,34 pontos. Embora o mercado tenha mostrado sinais de cautela devido à fragilidade do volume de negociação, o índice brasileiro registrou o maior nível do ano, impulsionado principalmente por ações de empresas como Usiminas e Braskem. O cenário externo, com uma possível descompressão no câmbio, também ajudou a suavizar a pressão sobre o dólar, que caiu 0,19% e fechou a R$ 6,0307.
A agenda econômica foi fraca, mas o comportamento moderado de Trump, com uma postura mais brandas do que o esperado, gerou um certo alívio nos mercados. De acordo com analistas, a falta de ações agressivas contra a China e o alívio nas expectativas de tarifas comerciais mais severas ajudaram a manter um clima de otimismo controlado. No entanto, a falta de consistência nos volumes de negociação, especialmente após o feriado nos Estados Unidos, levantou preocupações sobre a continuidade desse impulso.
Apesar da reação positiva dos mercados, o Bank of America (BofA) manteve uma perspectiva cautelosa para o desempenho do Ibovespa em 2025, com a previsão de que o índice se mantenha entre 110 mil e 140 mil pontos. As expectativas em relação ao dólar também permanecem elevadas, com a moeda americana projetada para encerrar o ano a R$ 6,10, em razão da possível manutenção de juros altos nos Estados Unidos. A incerteza em relação às políticas protecionistas de Trump e os efeitos econômicos das suas ações continuarão sendo monitorados pelos investidores ao longo do ano.