O dólar iniciou o dia em alta, cotado a R$ 6,14, refletindo preocupações dos investidores sobre possíveis mudanças nas políticas tarifárias nos Estados Unidos e sinais de estabilidade no mercado de trabalho americano. A expectativa de novas tarifas sobre importações por parte do presidente eleito, Donald Trump, gera especulações sobre impactos na inflação e na política monetária do Federal Reserve, que recentemente reduziu os juros para uma faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano. No Brasil, a divulgação de dados sobre a produção industrial e os movimentos do dólar permanecem em destaque para o mercado local.
O Ibovespa encerrou o último pregão com alta de 0,95%, atingindo 121.163 pontos, enquanto acumula ganhos no mês e no ano. O mercado segue monitorando o cenário internacional, que inclui um possível aquecimento da economia americana e impactos nas expectativas de inflação e juros. Paralelamente, a política fiscal brasileira chama atenção, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, projetando um déficit primário de 0,1% do PIB para 2024, abaixo do esperado, apesar de despesas não previstas relacionadas a desastres naturais.
A equipe econômica brasileira enfrenta desafios para ajustar o orçamento de 2025 às novas regras fiscais e medidas aprovadas no final do ano passado. Haddad destacou que não há planos para novos aumentos de impostos ou cortes de gastos, mas que o governo segue avaliando a adequação das contas públicas. As declarações de Trump, moderando propostas tarifárias, trouxeram algum alívio ao mercado, que espera menor impacto inflacionário e, consequentemente, um dólar menos pressionado.