Os mercados globais estão registrando máximas históricas após o presidente dos EUA, Donald Trump, adotar uma postura mais flexível em relação às tarifas sobre a China. Em uma entrevista, Trump expressou preferência por evitar o uso de tarifas contra a segunda maior economia mundial, além de não ter imposto novas taxas à Europa até o momento, embora tenha sinalizado a possibilidade de impostos sobre o Canadá e o México. Esse movimento trouxe otimismo aos investidores, refletido na valorização de ativos em várias regiões, com destaque para as moedas de mercados emergentes, que seguem em sua melhor semana desde julho de 2023.
Enquanto isso, o fortalecimento do iene também se destacou após o Banco do Japão aumentar as taxas de juros pela primeira vez em sete meses. O mercado de ações global também teve um desempenho positivo, com o índice Stoxx 600 da Europa alcançando um recorde e os futuros nos EUA mantendo estabilidade após o S&P 500 atingir um novo pico. No entanto, as tensões comerciais ainda são uma preocupação, com analistas do Deutsche Bank apontando que a possível moratória nas tarifas oferece à China uma chance de negociar e buscar apoios políticos.
A temporada de resultados corporativos também tem sido acompanhada de perto pelos investidores. Enquanto a Burberry superou as expectativas com vendas mais fortes, as ações da Ericsson caíram devido a resultados abaixo do esperado. No setor bancário, a proposta de aquisição do Banca Monte dei Paschi di Siena afetou o valor de suas ações, enquanto as da Mediobanca SpA subiram com a notícia. Esses movimentos refletem a dinâmica global, marcada por uma mistura de expectativas econômicas e políticas que continuam a influenciar os mercados.