O dólar começou a segunda semana do ano com leve queda, após fechar a última sexta-feira em alta de 0,30%, cotado a R$ 6,1811. O mercado está atento a indicadores econômicos nos Estados Unidos, como os dados do mercado de trabalho, que podem sinalizar os próximos passos do Federal Reserve. No Brasil, a divulgação da inflação de dezembro e o resultado acumulado de 2024, previstos para esta semana, devem confirmar o terceiro ano consecutivo de estouro da meta inflacionária, que era de 3%, mas teria um intervalo aceitável de até 4,5%.
A alta do dólar e o aumento da inflação têm gerado preocupações, refletidas nas projeções do Boletim Focus, que aponta uma inflação de 4,99% para 2025, acima da meta, e um dólar cotado a R$ 6 ao fim deste ano. O governo monitora a situação, com reuniões entre o Ministério da Fazenda e o presidente, enquanto o Banco Central pode adotar medidas adicionais para conter a volatilidade do câmbio.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou queda de 1,33% na sexta-feira, encerrando a semana com perdas de 1,44%. O avanço do dólar, que acumulou alta de quase 28% em 2024, reflete tanto fatores internos quanto externos, incluindo decisões econômicas locais e o cenário global. O mercado segue em alerta, aguardando mais sinais da política econômica brasileira e dos desdobramentos internacionais.