Os mercados europeus encerraram em alta nesta quinta-feira, impulsionados por expectativas de flexibilização monetária dos principais bancos centrais e pela divulgação de resultados financeiros acima do esperado por grandes empresas. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,92%, refletindo o otimismo global após leituras favoráveis da inflação ao consumidor nos EUA e no Reino Unido. A ata do Banco Central Europeu indicou uma divisão entre dirigentes sobre o ritmo de cortes de juros, mas consolidou a visão de um ajuste gradual, aumentando a probabilidade de uma redução de 25 pontos-base na reunião de janeiro.
O setor de luxo foi um dos destaques, com ações da Richemont saltando mais de 16% em Zurique após resultados robustos, impulsionando outras empresas como LVMH, Kering e Hermes em Paris, onde o CAC 40 subiu 2,14%. Na Alemanha, o DAX renovou sua máxima histórica, puxado pela forte performance da Zalando, enquanto dados econômicos confirmaram a aceleração da inflação ao consumidor no país. Apesar da retração da produção industrial no Reino Unido, o FTSE 100 também avançou, apoiado por ganhos no setor de commodities.
Embora os mercados tenham apresentado, em sua maioria, desempenho positivo, Madri foi uma exceção, com o Ibex35 registrando queda de 0,63%, possivelmente devido a fatores internos. Outros índices, como o FTSE MIB em Milão e o PSI 20 em Lisboa, fecharam em alta moderada. A movimentação geral reflete o alívio no sentimento global de risco e a confiança renovada em setores estratégicos, mesmo com incertezas políticas e econômicas ainda pairando sobre algumas regiões da Europa.