Os mercados globais estão se antecipando à política comercial prometida por Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, que inclui tarifas de até 60% sobre produtos chineses e de 25% para bens do Canadá e México. Essas medidas podem reconfigurar os fluxos comerciais, aumentar custos e provocar retaliações, gerando incertezas econômicas em várias regiões. O iuan chinês, por exemplo, tem registrado uma desvalorização significativa, enquanto o euro enfrenta pressão devido à dependência comercial com os EUA.
As indústrias mais expostas ao comércio, como a automotiva e os produtos industriais, estão sofrendo oscilações significativas, com investidores reagindo a qualquer atualização sobre as tarifas. Na Europa, ações de montadoras já perderam grande parte de seu valor desde 2024. O dólar canadense e o peso mexicano também estão em queda, com previsões de maior volatilidade caso as tarifas entrem em vigor. A renúncia do primeiro-ministro canadense adiciona mais incerteza ao cenário econômico do país.
Na China, a expectativa é de que o governo permita uma desvalorização controlada do iuan para mitigar os efeitos das tarifas sobre seus exportadores. Já na Europa, a fraqueza do euro pode levar a cortes na taxa de juros pelo Banco Central Europeu, enquanto o dólar americano permanece fortalecido. As medidas comerciais prometidas por Trump continuam a moldar as perspectivas econômicas, destacando um panorama incerto e potencialmente turbulento para o comércio global.