A curva de juros no Brasil permaneceu desinclina durante a tarde, com a confirmação pela Casa Branca de que as tarifas contra México, Canadá e China começariam em 1º de fevereiro, o que influenciou os juros no curto prazo. Enquanto a ponta longa apresentou uma leve queda, refletindo uma expectativa de crescimento mais modesto, a menor dívida pública e o déficit fiscal também impactaram os mercados. A Petrobras anunciou um aumento no preço do diesel, mas os economistas apontaram que o impacto sobre a inflação deverá ser limitado.
No balanço mensal, as taxas de juros para 2026, 2027 e 2029 mostraram queda significativa, com destaque para a redução de 50 pontos-base para janeiro de 2026. A taxa de depósito interfinanceiro (DI) subiu para 14,940% para 2026, e 15,035% para 2027, enquanto a de 2029 permaneceu estável. A expectativa de uma possível guerra comercial entre os EUA e esses países, com riscos de aumento inflacionário nos EUA, trouxe incertezas adicionais para os investidores.
O mercado também se concentrou nos dados fiscais mais favoráveis do Brasil, com o déficit primário de R$ 47,553 bilhões em 2024, um pouco abaixo da projeção do mercado. A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) como proporção do PIB também apresentou uma melhora. Além disso, a taxa de desocupação no trimestre encerrado em dezembro foi de 6,2%, o que surpreendeu o mercado. Olhando para o futuro, o mercado deverá focar nas atividades do Congresso e nas eleições que devem resultar em mudanças significativas na liderança das casas legislativas.