Inicialmente, os descontos foram o principal atrativo para a migração ao mercado livre de energia, mas o foco das comercializadoras deve mudar nos próximos anos para melhorar a experiência do cliente. O crescimento desse mercado depende de uma abordagem mais eficiente na gestão do relacionamento com o consumidor, considerando que a simplicidade no processo de contratação será um diferencial. As comercializadoras terão que otimizar seus processos internos e usar tecnologias para oferecer um atendimento de qualidade, visando atender uma base de clientes crescente e diversificada até 2030, incluindo consumidores de baixa tensão.
Além dos descontos, que podem chegar a até 35% para empresas e 20% para consumidores, o mercado livre de energia busca ir além da redução de custos, com foco em aprimorar os serviços prestados. Com 21 mil novos clientes migrando para o mercado livre entre janeiro e novembro de 2024, a tendência é de um aumento na busca por melhores condições, principalmente por parte de empresas que buscam otimizar seu consumo. A escalabilidade dos negócios e a sustentabilidade das comercializadoras serão elementos-chave para a permanência no setor, que exige melhorias contínuas para manter a competitividade.
A simplificação dos processos e o uso de tecnologias, como foi feito por empresas de outros setores, como o Nubank e o Uber, são apontados como estratégias que podem ser adotadas pelas comercializadoras de energia. Além disso, a Lead Energy, fundada em 2020, se destaca como um exemplo de empresa que aposta na simplificação e na criação de benefícios como cashback e programas de afiliados para atrair e reter clientes. O objetivo é tornar o mercado livre de energia mais acessível e eficiente para uma base de clientes maior, incluindo tanto grandes empresas quanto consumidores residenciais no futuro.