Em 2024, o preço médio de imóveis residenciais no Brasil aumentou 7,73%, a maior variação anual desde 2013. Esse crescimento superou a inflação do ano, que foi estimada em 4,64%, resultando em uma alta real de 3,09% nos preços dos imóveis. O bom desempenho da economia brasileira, com uma taxa de desemprego histórica de 6,1% e um Produto Interno Bruto (PIB) crescendo mais do que o esperado, teve impacto positivo no mercado imobiliário, impulsionando a concessão de crédito, especialmente para os segmentos de classe média e popular.
Entre as cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP, as capitais com os maiores aumentos nos preços foram Curitiba, Salvador, João Pessoa e Aracaju. Enquanto isso, Santa Maria (RS) foi a única cidade que registrou queda nos preços, de 1,5%. O estudo também revelou que, em média, o preço do metro quadrado nas 56 cidades analisadas foi de R$ 9.366, com destaque para cidades como Balneário Camboriú, que lidera a lista com R$ 13.911/m², e Vitória, a capital mais cara entre as 22 observadas, com R$ 12.287/m².
Em relação às características dos imóveis, foi observado que apartamentos de um dormitório estão sendo vendidos a preços mais elevados do que os de dois dormitórios. No geral, o aumento no valor dos imóveis tem levado famílias de classe média a buscar opções menores e mais acessíveis, refletindo um ajuste ao cenário de preços mais altos e à busca por alternativas dentro da realidade econômica atual.