Os preços dos imóveis residenciais no Brasil aumentaram 7,73% em 2024, registrando a maior variação anual desde 2013, de acordo com o Índice FipeZAP de Venda Residencial. O crescimento superou os 4,71% do IPCA-15 de dezembro, considerado uma prévia da inflação oficial, cujo resultado será divulgado pelo IBGE. Segundo especialistas, o avanço reflete o desempenho da economia brasileira, especialmente no terceiro trimestre, quando o PIB cresceu 0,9%, superando as expectativas do mercado.
A economista Paula Reis, do DataZAP, atribui esse desempenho positivo à expansão da concessão de crédito imobiliário, particularmente nos segmentos de habitação popular e médio padrão, impulsionada por condições macroeconômicas favoráveis. Contudo, algumas regiões destacaram-se no aumento de preços, como Curitiba, com alta de 18%, e Salvador, com 16,38%. Em dezembro, os preços médios de imóveis atingiram R$ 9.366/m², revertendo o recuo observado em novembro.
Para 2025, o cenário do mercado imobiliário deve ser mais desafiador, especialmente para o segmento de médio padrão. A elevação da taxa básica de juros e o encarecimento do crédito imobiliário, agravados pelo esgotamento da poupança, são apontados como principais obstáculos para o crescimento do setor. Apesar disso, o mercado segue atento à evolução econômica do país e às possíveis mudanças nas políticas de financiamento habitacional.