A especulação sobre a possibilidade de mudanças nas políticas comerciais do governo do presidente eleito dos Estados Unidos gerou impacto significativo no mercado financeiro global nesta segunda-feira (6). Relatos indicam que assessores do presidente eleito estariam avaliando uma moderação no aumento de tarifas prometido durante a campanha, o que resultou em uma desvalorização do dólar frente a diversas moedas, incluindo o real, que teve uma das melhores performances globais. O dólar comercial fechou cotado a R$ 6,111, com queda de 1,14%. Durante o dia, a moeda oscilou entre R$ 6,09 e R$ 6,14.
No mercado de ações, o otimismo também predominou. O índice Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, registrou alta de 1,26%, encerrando o dia aos 120.051 pontos. Este desempenho representa uma recuperação significativa em relação ao fechamento da última sexta-feira, quando o índice atingiu seu menor nível desde novembro de 2023. O movimento foi impulsionado pelas expectativas de que mudanças nas tarifas comerciais dos EUA poderiam beneficiar o comércio global e trazer maior previsibilidade econômica.
Embora o presidente eleito tenha negado posteriormente as especulações publicadas pelo Washington Post, a reação inicial dos investidores revelou confiança na possibilidade de uma abordagem mais moderada. A perspectiva de que os aumentos tarifários sejam aplicados de forma seletiva, apenas a produtos considerados críticos, alimentou o otimismo nos mercados financeiros, refletindo esperanças de um ambiente comercial mais equilibrado nos próximos anos.