A queda dos juros futuros prosseguiu no período da tarde, impulsionada por um dólar mais fraco e uma arrecadação de impostos em dezembro acima das expectativas. A taxa de depósito interfinanceiro para janeiro de 2026 foi ajustada para 15,135%, enquanto as taxas para 2027 e 2029 também apresentaram recuos. A valorização do real teve impacto direto na projeção de inflação, influenciando a curva de juros.
O mercado se manteve atento à evolução da arrecadação de impostos e contribuições federais, que totalizou R$ 261,265 bilhões em dezembro, marcando um aumento real de 7,78% em relação ao mesmo mês de 2023. Esse dado superou a previsão do mercado e contribuiu para a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a política monetária em um ritmo de ajustes consistentes, com destaque para a reunião de janeiro.
Com a proximidade da decisão do Copom, as expectativas começam a se dividir para a reunião de maio, com apostas majoritárias entre altas de 50 ou 75 pontos-base. A pesquisa do BTG Pactual indicou que os investidores estão atentos às possíveis variações da política monetária, principalmente em função da dinâmica da inflação e das expectativas econômicas. O Itaú, por sua vez, destacou que o ritmo de altas de 100 pontos-base nas reuniões de janeiro e março seria adequado, dependendo do cenário econômico que se desenhará nos próximos meses.