O mercado de dívida do Brasil deve continuar a crescer em 2025, com destaque para a expectativa de maior atividade no setor no segundo semestre, após uma queda nos IPOs nos últimos anos. Em 2024, o volume de emissões de dívida no país alcançou um recorde histórico de 709,2 bilhões de reais, marcando um aumento expressivo em relação aos anos anteriores. O cenário de altas taxas de juros contribuiu para esse crescimento, enquanto o mercado acionário permaneceu mais afastado devido ao risco percebido e à preocupação com a disciplina fiscal.
Embora o mercado de ações continue apresentando desafios, o presidente do Itaú BBA mencionou que uma postura fiscal mais firme por parte do governo poderia melhorar o ambiente para novos investimentos, especialmente em ações, ao longo de 2025. A taxa Selic, encerrando 2024 em 12,25%, continua sendo um fator central no panorama econômico, com expectativa de novos aumentos no início de 2025. No entanto, a dívida pública brasileira não afasta completamente os investidores, já que o déficit primário é comparável ao de outros grandes mercados emergentes.
O Brasil também pode testemunhar um aumento nas fusões e aquisições em 2025, com setores como energia e educação ganhando atração entre os compradores. Apesar das altas taxas de juros, o presidente do Itaú BBA indicou que muitos investidores institucionais, incluindo fundos soberanos, estão atentos ao país, vendo nele uma oportunidade de entrada que não se via há anos. A combinação de uma economia resiliente e uma política fiscal mais clara poderá moldar o futuro do mercado brasileiro nos próximos meses.