O mercado cambial experimentou um dia de alívio na quarta-feira (22), com a moeda norte-americana caindo para menos de R$ 6, alcançando o menor valor desde o fim de novembro. A queda do dólar foi impulsionada pela expectativa de tarifas comerciais menos agressivas do presidente dos EUA, Donald Trump, que não incluiu a América Latina em novos aumentos de tarifas. O dólar comercial fechou a R$ 5,946, com uma redução de 1,4%, e atingiu uma mínima de R$ 5,91 no decorrer do dia.
No entanto, o mercado de ações teve um desempenho oposto. O índice Ibovespa da B3 registrou queda de 0,3%, interrompendo uma sequência de três altas consecutivas. A volatilidade foi marcada por oscilações entre altas e baixas, com a tendência negativa consolidada no final do pregão, especialmente por conta do desempenho das ações de mineradoras. A ausência de novos estímulos econômicos no Brasil contribuiu para que o mercado se influenciasse principalmente por fatores externos.
O comportamento do mercado financeiro foi beneficiado pela menor pressão sobre a inflação nos Estados Unidos, refletindo a expectativa de que o Federal Reserve não precisará elevar juros este ano. A combinação de juros mais baixos nos EUA e a estabilidade das tarifas comerciais favoreceu economias emergentes, como o Brasil, atraindo investimentos e reduzindo a pressão sobre o dólar e a bolsa de valores.