As taxas dos DIs de curto prazo encerraram a sexta-feira (31) em alta, refletindo o ajuste de posições dos investidores após a forte queda observada após a decisão do Banco Central sobre os juros. As taxas mais longas, por outro lado, recuaram novamente, com perdas acumuladas superiores a 40 pontos-base. Entre os contratos mais curtos, a taxa do DI para julho de 2025 subiu para 14,12%, enquanto a taxa do contrato para janeiro de 2026 avançou para 14,925%. Já as taxas mais longas, como a de janeiro de 2031 e 2033, apresentaram quedas, refletindo uma desinclinada da curva de juros.
A queda nas taxas de juros na quinta-feira (30) foi influenciada por uma percepção mais suave do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à inflação, após o comunicado do Banco Central. Apesar disso, o mercado de opções precificava uma alta de 100 pontos-base na reunião de março, com probabilidades reduzidas de novas elevações em maio. Esse movimento ocorreu após a divulgação de dados sobre o fechamento de vagas de trabalho em dezembro e o impacto das decisões sobre o câmbio e o mercado de trabalho no cenário econômico do país.
Além disso, a divulgação de um superávit primário de R$ 15,7 bilhões pelo setor público consolidado e a queda da dívida pública em relação ao PIB também influenciaram os mercados. No cenário internacional, o rendimento dos Treasuries dos EUA subiu ligeiramente. A combinação desses fatores gerou um cenário de ajustes nas expectativas dos investidores, que continuam atentos aos desdobramentos da política monetária do Brasil e aos impactos do mercado de trabalho nas decisões do Banco Central.