Neste domingo (26), às 12h28, uma sirene soou na Avenida Paulista, em São Paulo, como parte de um ato para relembrar os 272 mortos pelo rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, ocorrido há seis anos. A escolha do horário foi simbólica, já que naquele momento, em 2019, a sirene não tocou, nem alertou as vítimas sobre o desastre iminente. A homenagem busca denunciar a impunidade do caso e reforçar a importância da prevenção de novas tragédias desse tipo.
O evento, organizado pelo Instituto Camila e Luiz Taliberti, contou com a presença de familiares das vítimas, incluindo a mãe de dois filhos que morreram no desastre, além de outras pessoas que perderam parentes próximos na tragédia. Para muitos, a dor é intensificada pela sensação de que a tragédia poderia ter sido evitada, se não fosse pela negligência e ganância envolvidas. Além do ato de memória, também foram realizadas atividades de conscientização, como o plantio de mudas e intervenções artísticas com crianças.
O impacto da tragédia, que causou severos danos ambientais e sociais, foi lembrado durante a manifestação, com ênfase na perda não apenas humana, mas também nos danos à natureza e à economia local. A água foi contaminada, afetando a vida de muitas pessoas que dependiam de recursos naturais como a pesca e a agricultura. Além disso, durante o evento, assinaturas foram coletadas para o manifesto “Basta de impunidade: Justiça por Brumadinho”, com o objetivo de acelerar os processos judiciais relacionados ao desastre.