O Memorial de Brumadinho foi inaugurado no sábado (25), em homenagem às 270 vítimas do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, ocorrido em janeiro de 2019. Localizado no próprio local da tragédia, o espaço é administrado pelas famílias das vítimas e tem como objetivo preservar a memória do desastre, com um projeto arquitetônico assinado pelo escritório Gustavo Penna & Arquitetos Associados. O memorial inclui uma escultura-monumento, um espaço meditativo, drusas de cristais, duas salas de exposição e uma área dedicada aos segmentos corpóreos das vítimas. Além disso, um bosque com ipês amarelos foi plantado em homenagem a cada uma das pessoas que faleceram.
O espaço foi criado após um pedido formal ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em 2019, para a construção de um Parque Memorial. Em 2023, um termo de compromisso entre a mineradora responsável e a Associação dos Familiares de Vítimas de Brumadinho viabilizou a criação da Fundação Memorial, que agora administra o local. A presidente da Fundação, Fabíola Moulin, afirmou que o memorial é um lugar de dignificação, humanização e preservação da memória das vítimas, permitindo que elas sejam lembradas não apenas como números, mas como seres humanos com histórias e identidades.
A partir do dia 29 de janeiro, o memorial estará aberto ao público, com entrada gratuita. Seis anos após a tragédia, a visitação representa um espaço de reflexão e homenagem, especialmente para as famílias e a comunidade de Brumadinho. Apesar dos avanços em termos de identificação das vítimas, três pessoas ainda seguem desaparecidas. O memorial também é uma oportunidade para reforçar a luta por justiça e a continuidade da busca por respostas sobre o desastre.