O recente lançamento de um token digital associado ao nome do ex-presidente dos EUA Donald Trump gerou um grande frisson no mercado de criptomoedas. O token, que foi divulgado nas redes sociais de Trump e ganhou bilhões em volume de negociação em poucos dias, acabou gerando um novo debate sobre os limites regulatórios. Em resposta ao sucesso do token, a REX Financial e a Osprey Funds propuseram a criação de um fundo negociado em bolsa (ETF) que apostaria na moeda, com o ticker ‘TRUMP’, provocando discussões sobre potenciais conflitos de interesse, uma vez que a família Trump poderia ser beneficiada com a negociação dessa moeda.
A proposta do ETF TRUMP foi registrada na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) em 21 de janeiro de 2025, no que é visto como um movimento estratégico de emissores de Wall Street para explorar uma possível nova era regulatória mais flexível para os ativos digitais. A proposta se insere em uma série de outras iniciativas voltadas para criptomoedas, incluindo o lançamento de fundos baseados em ativos como Solana, XRP e Bitcoin, com mais de 30 novos registros de ETFs centrados em ativos digitais.
Apesar do entusiasmo dos emissores, alguns analistas, como James Seyffart da Bloomberg Intelligence, alertam para a necessidade de cautela. A mudança na administração da SEC pode não ser suficiente para liberar uma ampla gama de fundos baseados em memecoins, como o TRUMP, Dogecoin ou Bonk. Ainda é incerto se a SEC, mesmo sob uma gestão mais favorável às criptomoedas, aprovará esses produtos, o que coloca a proposta do ETF em uma posição de expectativa, enquanto o mercado de criptomoedas continua a ser monitorado por investidores e reguladores.