Uma grande operação policial, deflagrada na manhã desta terça-feira, 28, visa desarticular um esquema de fraude em um contrato firmado entre a Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra) e uma empresa do Distrito Federal. A operação cumpriu 114 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão, busca e apreensão, e bloqueio de bens. O contrato investigado, que envolvia a reforma e manutenção de prédios públicos em Goiás, é alvo de investigação por indícios de superfaturamento, pagamentos irregulares e alterações fraudulentas no objeto do contrato, que inicialmente era para serviços de reforma e manutenção, mas acabou sendo alterado para construção de obras.
A Polícia Civil de Goiás estima que o prejuízo ao erário público já ultrapasse R$ 10,4 milhões, sem incluir os custos adicionais de reconstrução das estruturas demolidas indevidamente. Além disso, a operação investiga a suspeita de lavagem de dinheiro e de favorecimento de empresas ligadas a familiares e amigos de envolvidos no esquema. Há também um contrato de R$ 271 milhões, de mesma autoria dos investigados, que foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado após a identificação de um sobrepreço de R$ 62,5 milhões.
A investigação também revelou que a empresa envolvida já havia sido alvo de investigações em outros estados, como Tocantins, onde foram identificados problemas semelhantes. A operação é um desdobramento de uma análise detalhada realizada por órgãos como a Secretaria Estadual de Infraestrutura e a Controladoria Geral do Estado, e os investigados responderão por crimes como corrupção, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.