O conselho da Mediobanca, banco italiano, rejeitou a oferta de aquisição de US$ 14 bilhões feita pelo Monte dei Paschi di Siena (MPS), argumentando que a proposta destrói valor para os acionistas de ambas as instituições. A proposta foi considerada contrária aos interesses da Mediobanca, que enfatizou que a fusão enfraqueceria seu modelo de negócios, resultando em perdas de receita, clientes e funcionários. A reação negativa veio após o MPS ter feito uma oferta surpresa, no contexto de um movimento de consolidação do setor bancário na Itália.
A proposta do Monte dei Paschi avaliava a Mediobanca em 13,3 bilhões de euros, com base no preço das ações da quinta-feira anterior ao anúncio. No entanto, as ações do MPS caíram e as da Mediobanca subiram, fazendo com que o valor da oferta se desvalorizasse. O conselho da Mediobanca considerou a oferta sem uma justificativa clara tanto industrial quanto financeira, além de apontar que a queda das ações do MPS após o anúncio demonstrava a fragilidade da proposta.
Apesar da rejeição, a Mediobanca reafirmou seu compromisso com a execução de seu plano estratégico, que se estende até 2026. No mercado, as ações das duas instituições registraram quedas significativas após o anúncio da recusa da proposta.