Nos últimos anos, a oncologia avançou significativamente com a adoção da medicina de precisão, uma abordagem que utiliza biomarcadores moleculares para personalizar tratamentos e melhorar os desfechos clínicos. Esses biomarcadores, categorizados em diagnósticos, prognósticos e preditivos, permitem diagnósticos mais precisos, preveem o comportamento dos tumores e direcionam a escolha terapêutica, reduzindo toxicidades e aumentando a eficácia. Exemplos incluem o uso do EGFR em neoplasias pulmonares e do BRCA1/2 no câncer de mama, que destacam o papel desses marcadores na individualização do cuidado ao paciente.
Entre os benefícios, destaca-se a imunoterapia personalizada, que, com base nos biomarcadores, pode elevar a eficácia terapêutica em até 50%. No entanto, desafios como a heterogeneidade tumoral, os altos custos e a falta de validação robusta de alguns biomarcadores ainda limitam a ampla implementação da medicina de precisão. Apesar disso, os avanços tecnológicos prometem superar essas barreiras, com o desenvolvimento de plataformas mais acessíveis e precisas, tornando essa abordagem uma realidade viável para um maior número de pacientes.
A medicina de precisão representa uma mudança de paradigma no tratamento oncológico, oferecendo intervenções sob medida que ampliam as chances de cura e melhoram a qualidade de vida dos pacientes. Combinando ciência de ponta e inovação tecnológica, essa prática inaugura uma nova era na oncologia, que vai além dos tratamentos convencionais, marcando um futuro promissor para o combate ao câncer.