Em 2024, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas registrou um aumento de 0,2 ponto percentual, encerrando o ano em 40,6% ao ano. Esse cálculo foi feito com base em recursos livres, ou seja, exclui-se os setores habitacional, rural e o BNDES. A elevação aconteceu mesmo com a taxa Selic tendo subido de 11,75% para 12,25% no ano anterior, uma diferença de 0,5 ponto percentual.
O Banco Central detalhou que o aumento foi mais expressivo em operações com empresas, que tiveram uma elevação de 1 ponto percentual, indo de 21,1% ao ano, em dezembro de 2023, para 22,1% ao ano em dezembro de 2024. Esse movimento reflete a adaptação dos bancos às condições econômicas e a sua própria estratégia de repasse de custos.
Por outro lado, nas operações com pessoas físicas, houve uma redução na taxa de juros. O valor caiu de 53,9% ao ano em dezembro de 2023 para 53% ao ano no final de 2024, representando uma diminuição de 0,9 ponto percentual. Essa queda, embora pequena, demonstra uma desaceleração nos juros aplicados ao crédito pessoal.