Um grupo contrário à ação afirmativa entrou com um processo contra o McDonald’s, alegando que a empresa não foi suficientemente longe ao reverter suas iniciativas de diversidade. O grupo questiona a continuidade do programa de bolsas de estudo para estudantes latinos e hispânicos nos Estados Unidos, afirmando que ele discrimina ilegalmente alunos de outras etnias. O programa, lançado em 1985, oferece até 100 mil dólares anuais a estudantes que atendem a critérios específicos de origem latina ou hispânica.
A American Alliance for Equal Rights, fundada por Edward Blum, argumenta que o programa fere a Lei de Direitos Civis de 1866, que proíbe discriminação racial nas contratações, pedindo que a raça e etnia dos candidatos sejam desconsideradas. O processo também aponta que o programa beneficia apenas alunos com pelo menos um dos pais de origem latina ou hispânica, excluindo outras etnias, como no caso de um aluno branco que entrou com a ação.
O McDonald’s, por sua vez, afirmou que está analisando o caso e que, em linha com mudanças recentes em suas políticas de diversidade, revisará seus programas para garantir que estejam alinhados com sua visão futura. A empresa já havia anunciado em janeiro a suspensão de algumas de suas metas e práticas de diversidade, citando mudanças no cenário jurídico dos EUA. O processo contra o McDonald’s é apenas um de vários movidos por Blum e outros grupos em busca de reavaliações de programas corporativos que favoreçam minorias.