Mais de 700 funcionários da rede de fast food McDonald’s no Reino Unido ingressaram em uma ação coletiva por assédio, dois anos após uma investigação da BBC sobre o tema. As denúncias incluem casos de discriminação, com foco em pessoas com deficiência, além de homofobia, racismo e assédio sexual. A rede de fast food, que emprega mais de 170 mil pessoas no país, com destaque para jovens e adolescentes, foi acusada de falhas significativas na proteção de seus funcionários. A ação envolve mais de 450 restaurantes em território britânico.
O diretor-geral da empresa no Reino Unido e na Irlanda, em um pedido de desculpas após a investigação, reconheceu falhas na proteção dos trabalhadores e relatou que a empresa enfrentava, semanalmente, denúncias de assédio sexual. Entre os relatos de ex-funcionários, destacam-se os casos de assédio envolvendo discriminação por deficiência, além de comportamentos homofóbicos por parte de gerentes e colegas de trabalho. Um dos ex-funcionários mencionou que, ao relatar os incidentes, foi aconselhado a deixar o emprego caso não conseguisse lidar com a situação.
Em resposta às denúncias, um porta-voz da empresa afirmou que qualquer tipo de má conduta é inaceitável e será tratado de forma rigorosa. A rede implementou um sistema online para que os funcionários possam denunciar casos de assédio com confidencialidade. Além disso, reafirmou seu compromisso em tomar medidas significativas e continuar vigilante para combater comportamentos inadequados no ambiente de trabalho.