Em 2024, Mato Grosso registrou um aumento nas ações de fiscalização relacionadas ao uso irregular do fogo. O estado aplicou R$ 208,6 milhões em multas, um aumento de 21,85% em comparação com o ano anterior. As fiscalizações, que ocorreram em 34 municípios, resultaram no embargo de 29,83 mil hectares, o que equivale a cerca de 30 mil campos de futebol. Os principais motivos para as sanções foram queimadas ilegais, descumprimento de embargo e desmatamento relacionado ao uso do fogo. Além disso, 91 propriedades foram autuadas e diversas apreensões ocorreram, incluindo veículos e motosserras.
Mato Grosso foi o estado com o maior número de focos de incêndio em 2024, com aproximadamente 50 mil registros, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Como medida de combate, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima declarou estado de emergência ambiental em áreas suscetíveis a incêndios. O governo estadual também emitiu um decreto de emergência devido à seca severa e aos incêndios florestais que afetaram regiões como o Pantanal.
A situação resultou no fechamento temporário de pontos turísticos em Mato Grosso, como o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, com a reabertura acontecendo após alguns meses. As operações de fiscalização e as ações de combate ao fogo se concentraram em várias cidades do estado, com foco na proteção do meio ambiente e na contenção dos danos causados pelas queimadas.