A Marinha do Brasil anunciou a retomada das operações de mergulho para localizar as vítimas do colapso da Ponte Juscelino Kubitschek, que ocorreu no dia 22 de dezembro de 2024, entre os estados do Maranhão e Tocantins. A busca havia sido temporariamente suspensa devido ao aumento do nível da água causado pelas comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, que precisavam ser abertas para controlar o volume do reservatório. No entanto, com a possibilidade de contenção da vazão das águas, a Marinha reiniciou as buscas com mergulhadores especializados, que vão explorar novas áreas do rio, mais a jusante, para tentar encontrar os três desaparecidos.
Até o momento, 14 pessoas já foram localizadas e identificadas. Entre as vítimas desaparecidas estão um homem de 65 anos, seu neto de 10 anos e uma mulher de 38 anos. A operação de resgate contou com a ajuda de 64 mergulhadores, equipes do Corpo de Bombeiros e o uso de tecnologias como drones subaquáticos e câmaras hiperbáricas. O acidente envolveu a queda de três veículos de passeio, três motocicletas e quatro caminhões que transitavam pela ponte no momento do colapso.
Além do risco de contaminação da água do Rio Tocantins, causado pelo transporte de substâncias químicas perigosas como ácido sulfúrico e agrotóxicos, as autoridades ambientais continuam monitorando a situação. O Ibama e a ANA realizaram análises da água, que indicaram ausência de contaminação, mas alertaram para o risco de vazamento das substâncias armazenadas nos veículos submersos. As empresas responsáveis pelos caminhões estão sendo acionadas para auxiliar nas operações de contenção e recuperação dos produtos perigosos.