A Marinha do Brasil anunciou, nesta quinta-feira (9), a retomada das operações de mergulho para localizar as vítimas desaparecidas após o colapso da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Maranhão e Tocantins. O acidente ocorreu no dia 22 de dezembro de 2024, quando veículos e caminhões caíram no Rio Tocantins, resultando na morte de algumas pessoas e no desaparecimento de outras. Até o momento, 14 pessoas foram localizadas e três continuam desaparecidas. Os mergulhos exploratórios serão feitos mais abaixo da correnteza do rio, em áreas ainda não varridas pelos mergulhadores.
A retomada das operações ocorreu após a Usina Hidrelétrica de Estreito permitir que a vazão das águas fosse controlada por mais alguns dias, o que viabilizou as “janelas de mergulho”. A necessidade de readequação da Base Avançada de Mergulho foi observada devido ao aumento da vazão da água, que colocou a área original da base em risco de alagamento. Além disso, o Ibama e a ANA realizaram análises emergenciais da água do Rio Tocantins, que, apesar da presença de substâncias perigosas como ácido sulfúrico e agrotóxicos, não indicaram contaminação significativa até o momento.
A operação de busca conta com uma equipe de mergulhadores especializados, além do uso de drones e câmaras hiperbáricas. As autoridades também estão monitorando os caminhões que transportavam produtos químicos e que ainda estão submersos no rio, em risco de causar contaminação ambiental. O Ibama solicitou que as empresas responsáveis pelos transportes colaborassem na elaboração de planos de resposta ao desastre. A situação continua sendo monitorada de perto para evitar impactos adicionais no meio ambiente e na saúde pública.