A Marinha do Brasil realizou nesta quarta-feira (1º) o resgate do corpo de uma das vítimas que estava na cabine de um caminhão submerso após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada na BR-226, entre os estados do Maranhão e Tocantins. A estrutura da ponte, que conecta os dois estados, caiu no último dia 22 de dezembro, causando a morte de pelo menos 12 pessoas, enquanto cinco ainda seguem desaparecidas. No domingo (31), a equipe de resgate retirou um veículo Voyage branco do Rio Tocantins, onde foram encontrados mais dois corpos, aumentando o número total de vítimas confirmadas.
A queda da ponte ocorreu no período da tarde do dia 22, quando o vão central cedeu, derrubando diversos veículos, incluindo caminhões que transportavam produtos perigosos, como agrotóxicos e ácido sulfúrico. A Agência Nacional de Águas (ANA) afirmou que não houve vazamento desses materiais na água. Em resposta ao desastre, a Polícia Federal e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) iniciaram investigações para apurar as causas e responsabilidades pela tragédia. O Dnit também instaurou uma sindicância, que deve ser concluída em 120 dias.
Com o objetivo de restaurar a infraestrutura, o Ministério dos Transportes contratou uma empresa para a reconstrução da ponte, com um investimento de R$ 171,9 milhões. A obra, que foi contratada de forma emergencial, deve ser concluída até o dia 22 de dezembro de 2025. A reconstrução será realizada pelo consórcio Penedo-Neópolis, formado pelas empresas Construtora Gaspar S/A e Arteles Construções Limitada. O Ministério também reforçou o apoio aos familiares das vítimas, disponibilizando números de contato para emergências relacionadas a navegação e riscos ambientais.