A queda da ponte Juscelino Kubitschek, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins, resultou na morte de 14 pessoas, com outras três ainda desaparecidas. O desabamento ocorreu no dia 22 de dezembro de 2024 e afetou gravemente o tráfego e a região, obrigando a interdição da BR-226. A Marinha, em conjunto com equipes de resgate, tem intensificado as operações de busca no leito do rio Tocantins, apesar das dificuldades impostas pela correnteza e pela abertura das comportas da usina hidrelétrica de Estreito, que arrastaram corpos e destroços para áreas mais distantes. As autoridades informaram que os trabalhos podem continuar por mais alguns dias, com o apoio de equipamentos especializados.
Além dos esforços de resgate, a operação também inclui a retirada de substâncias químicas, como agrotóxicos e ácido sulfúrico, que caíram no rio após o colapso da ponte. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), parte dessa carga já foi retirada, mas o processo de remoção pode durar até um mês. A presença dessas substâncias no rio gera preocupações ambientais, embora o volume derramado não tenha causado grandes impactos imediatos. O acidente provocou uma série de danos econômicos à região, afetando principalmente as atividades pesqueiras e agrícolas, além de representar um risco para a saúde pública.
Em resposta à gravidade da situação, a Prefeitura de Estreito decretou estado de emergência, buscando apoio técnico e financeiro para enfrentar os impactos da tragédia. A reconstrução da ponte já foi prevista, com uma previsão de conclusão até dezembro de 2025, por meio de um contrato firmado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Enquanto isso, as autoridades locais continuam a buscar recursos federais para cobrir as necessidades emergenciais, como as ações de Defesa Civil e o atendimento às vítimas e suas famílias.