A Marinha dos Estados Unidos emitiu uma proibição sobre o uso da inteligência artificial (IA) desenvolvida pela startup chinesa DeepSeek, em resposta a preocupações com segurança e ética. A decisão foi tomada após o lançamento do modelo R1 da DeepSeek, que rapidamente se tornou popular, superando até o ChatGPT em downloads. A Marinha alertou seus membros a evitar a instalação e o uso dessa tecnologia, devido à origem e aos possíveis riscos associados à sua utilização, especialmente em um contexto de crescente tensão tecnológica entre os EUA e a China.
O modelo R1 da DeepSeek, de código aberto, foi desenvolvido em um curto período de tempo e com recursos limitados, o que chamou atenção no setor de IA. A DeepSeek afirmou que o custo de desenvolvimento foi inferior a US$ 6 milhões, um valor consideravelmente menor em comparação aos investimentos de gigantes da tecnologia como OpenAI e Google. Esse rápido crescimento gerou preocupações adicionais sobre a infraestrutura necessária para suportar futuros produtos da empresa, especialmente diante das restrições dos EUA sobre a exportação de chips para a China.
Além da proibição da Marinha, o crescimento inesperado da DeepSeek também foi comentado por figuras políticas, como o ex-presidente Donald Trump, que vê a ascensão da empresa como um desafio para as empresas de tecnologia americanas. Em meio a isso, a DeepSeek enfrentou ataques cibernéticos em larga escala, o que a levou a limitar temporariamente o registro de novos usuários, mas logo voltou a operar normalmente. O incidente destaca as tensões em torno da competição tecnológica global e as implicações de segurança envolvidas no uso de novas tecnologias.