A escritora Marina Colasanti faleceu na terça-feira (28), aos 87 anos, em decorrência de problemas de saúde. A causa exata da morte não foi divulgada, mas sabia-se que ela estava debilitada. Seu corpo será velado em uma cerimônia restrita a familiares e amigos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Colasanti, casada com o poeta Affonso Romano de SantAnna, deixa duas filhas. A escritora, que escreveu mais de 70 livros, conquistou diversos prêmios, como o Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras.
Natural de Asmara, na Eritreia, Colasanti teve uma trajetória marcante no campo da literatura, com obras que abrangem desde a literatura infantil até a poesia. Seu primeiro livro, “Eu Sozinha”, foi publicado em 1968, e sua última obra foi lançada em 2017, intitulada “Tudo Tem Princípio e Fim”. Ela também foi uma grande defensora dos direitos das mulheres e seus livros muitas vezes tratavam da posição da mulher na sociedade. Além de escritora, Colasanti também ilustrou muitas de suas obras e teve uma longa carreira no jornalismo e na televisão, sempre mantendo uma relação próxima com a cultura brasileira e italiana.
Reconhecida por sua diversidade artística, Colasanti mesclava a literatura com artes visuais, poesia e pintura, deixando um legado significativo no cenário literário mundial. Sua obra foi celebrada por várias entidades culturais, incluindo a Fundação Biblioteca Nacional e a Câmara Brasileira do Livro, que expressaram pesar pela sua morte e ressaltaram sua contribuição imensurável à cultura nacional e internacional.